02 julho, 2011

cento e treze

E screve qualquer coisa. Anda, rapazote. Acopla as nádegas à cadeira, chega-te à frente. Não sejas imprestável. Sempre a pensar em mortes de agonia. O unto a desenhar cristais nessas artérias de freira entrevada. Anda, gordo. Mexe-te. Que as análises não estavam grande coisa e a tensão oscilou como uma báscula de circo. Estás tramado. Olarilolela. Eu seja ceguinho. Um destes dias fazes menção de erguer o corpo e achas-te paralítico, os vasos a romperem-se-te de um extremo ao outro do coco. Mas vê se escreves. É preciso começar por algum lado. Um passo. Dois. Três. E cais sobre o sofá, pitonisa de subúrbio. Amanhã é que vai ser, não é? Amanhã levantas-te e és um atleta capaz de serrar barrotes com os abdominais. Mas o que marchava, agora, era um pastel de nata.