28 maio, 2012

dez meses


Passei a medir-me pela largueza do sorriso do meu filho. Há raios de luz no sorriso do meu filho. Céus que se rasgam. Nuvens que desaparecem. Regatos de chocolate no sorriso do meu filho. Bolachas com recheio de baunilha. As migalhas a precipitarem-se pela camisola de lã. A pastilha esférica que descobria em pequeno no fundo de um Epá. É lá que moro. No sorriso do meu filho. É no sorriso do meu filho que quero adormecer. E acordar. Até ao dia em que não poderei mais fazê-lo.