18 setembro, 2009

whitman

Entardecer. Aleixo habita o selim de uma bicicleta-tangerina a inclinar-se de velhice sobre as pedras iguais do Largo Marquês de Pombal, despercebido entre estalidos de chinelos e conversas sem chama de banhistas tardios. O Poeta Destemido, proclamam sem quebranto as costas de Aleixo, uma secura de cortiça nos antebraços e o pequeníssimo zimbório negro da bóina a apontar o Norte. Um aceno curto. Num sopro, larga a pedalar epopeias que se perdem na brisa de Setembro como perfeitas bolas de sabão.