14 dezembro, 2005

une faiblesse d'esprit

hoje acordei no Cairo. Da janela, um sopro de ar abafadiço, um cheiro de sal e açúcar, de farfalha de tubos de escape e arrumos de curtume no bazar de Kahn-el-Kalili. À porta do prédio, o branco maculado de um polícia a camelo, a AK-47 ao ombro e um par de botas de tamanhos díspares. Às vezes acontece-me acordar no Cairo, e quando espreito o Monte da Lua sobre os telhados da praceta vejo as pirâmides no lugar da Pena, palavra que estão lá, e uma névoa de diesel a adejar à altura dos números das portas.

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